terça-feira, 9 de outubro de 2007

De repente


Sou daquelas pessoas que num momento está alí, à toa, e de repente, decide que vai para outro lugar. Há anos faço isso. Algumas pessoas têm certa dificuldade em entender a decisão repentina e outras simplesmente não concebem a falta de planejamento.
Seja lá como for, eu assumo aqui que tenho commitment issues.
Não porque eu não consiga me comprometer com as coisas, mas porque algumas vezes, quando a gente se compromete, acaba aparecendo alguma coisa mais interessante e não podemos nos descompromenter, ao menos se somos pessoas de palavra. Outras vezes, quem dá o cano é a outra parte comprometida, e aí, não tem solução. Detesto me sentir frustrada.
Por isso sou fã da última hora. Odeio esperar. Não gosto muito de planejar as coisas. Se elas têm que acontecer, acontecem. E foi assim que eu fui parar no Rio na semana passada, acabei num Maracanã lotado para ver o Fla X Flu, foi assim que fui para a Bélgica terminar um dos grandes amores da minha vida e foi assim até que eu vim ao mundo - nasci de oito meses, num sábado de carnaval, três dias depois de o médico ter dito que só nasceria dalí a um mês.
É quando a gente menos espera que o inesperado nos surpreende e nos faz viver momentos maravilhosos e aproveitar mais do que qualquer expectativa nos teria permitido.
Não deixe que suas próprias expectativas diminuam o prazer de nada. E viaje. Dentro ou fora de si mesmo, sem pensar, sem considerar os prós e os contras. Pelo menos uma vez na vida.

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