sábado, 15 de setembro de 2007

Uma porção de terra cercada de água por todos os lados...

...é uma ilha. E como o início deste blog não é o início de tudo, vou começar pelo final. Pelo último lugar que visitei. Mas já deixo bem claro aqui que não respeito nenhuma linha do tempo.
Sem perder o fio da meada: quero falar da Ilha. Grande. Que no começo não foi assim tão impressionante. Fui com algumas amigas, umas que já tinham ido, outra que não. As que já conheciam o lugar estavam eufóricas. Nós que nunca tínhamos ido, precisávamos de um tempo para nós mesmas. Fora de tudo, sem saber o que nos esperava.
Não gosto de supersticões, mas às vezes as coisas parecem caminhar numa direção definida. Todos os preparativos, com nenhuma antecedência, foram fáceis demais, o albergue ainda tinha lugar para nós... E foi assim que eu fui parar na Ilha Grande. Era para estar lá. E conhecer quem conheci. E fazer o que eu fiz. Que por sinal foi ficar um pimentão. E andar de barco, de barca, de lancha e de ônibus e a pé.
O lugar é lindo, a água do mar é limpa - pelo menos fora da vila - e o céu tem estrelas. Mas não mexeu comigo. Pelo menos, não até o último dia. Porque, na verdade, eu só me dei conta de que estava onde estava no último dia. E por isso ele deixou de ser o último para se tornar o penúltimo.
Nos primeiros dias, fui ver os peixes na Lagoa Azul, as ondas na praia Lopes Mendes, mas não queria muita conversa. Ainda não tinha me desligado de nada. Não queria falar muito, nem sair de dentro do meu casulo. Queria ficar quieta no meu canto. Conversar socialmente.
No último/penúltimo dia, na praia mais simples, faltando três horas para o nosso barco ou barca ou lancha ou sei lá o que voltar para Angra, parece que lightning stroke.
Já não queria mais ir embora, comecei a me divertir, e estava lá, de novo no meu ambiente, escutando histórias de outros estados, de outros países e pensando em como eu sou tão igual a todas aquelas pessoas que são tão diferentes de mim. Encontrei na Ilha um lugar para descansar, uma companheira de viagem e uma amiga. E saí satisfeita. Mas só no dia seguinte.

2 comentários:

Táta Volkweis disse...

De tuas palavras me valho.... me tomo, me faço estranha aos olhares de um povo não meu... se viajar e viajar, se perder-se e perder-se continuar me levado em memórias fofoqueiras que deixe ir levando... tal saudade da língua, dos trens, de outras paisagens é que me prende em ligeiras palavras e sentimentos de incompletude. Vamos viajar!!! Ou pelo menos tentar buscar o velho olhar na Europa e em NYC,
Um beijo grande da amiga
Tatá

Anônimo disse...

ilha grande pra mim é um dos lugares mais bonitos que já passei!! mas realmente, às vezes é necessário "centrar" pra poder entender a beleza de um lugar...