quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Je t'aime, je t'aime plus, je t'aime encore, je t'aime toujours


Sempre teremos Paris. On aura Paris toujours! Chegou a hora de falar dela. Não existe maior paixão na minha vida do que essa cidade. Não troco por nada nem por ninguém. Ela não me deixa. E eu jamais a deixarei. Quantas manhãs acordei, vi os telhadinhos pela janela, tomei um banho rápido e fui correndo a boulangerie mais próxima para comprar un croissant et un pain au chocolat, sem nem me dar conta de la joie que isso me proporcionava?
Me lembro muito da época em que estava morando no sixième arrondissement, na Rue Bréa - para quem não sabe, é entre Montparnasse e Saint Germain-des-Près. Meu apartamento favorito, com janelas enormes, no último andar de um típico prédio parisiense(a janelinha lá em cima na foto era do meu quarto). Com a boulangerie ao lado, e o chocolatier atravessando a rua. A Brasserie ficava na esquina oposta à da padaria - aonde ainda está hoje.
Numa ponta da rua o metrô e na outra o Jardin du Luxembourg. Dez minutos à pé de qualquer lugar. Com um ônibus na porta de casa. Mas só para os dias de muita pressa.
Porque em Paris, não há nada melhor do que andar. Muito e sempre, por todos os lados, em todas as partes. Ver as construções ao estilo Haussmannien, do final do século XIX, que compõem todo o charme; ver as árvores enquanto passa por parques para chegar ao destino. Escutar todas as línguas, todos os tipos de música, todos os tipos de xaveco. E sentir o odor dos perfumes mais vendidos no mundo tentando encobrir um cheiro agudo de sujeira. É maravilhoso! É estimulo para qualquer sentido e para qualquer sentimento.
E assim, com os sentimentos à flor da pele, amo Paris, com tudo de bom e tudo de ruim. Com as pessoas simpáticas e as de mau-humor, bufando de quando em vez - aliás, foi assim que reconheci um grupo de franceses visitando o Mauritshuis em Den Haag, na Holanda.
De lá pra cá, a vida mudou tão rápido que às vezes me parece que tudo não passou de um figment of my imagination. Mas as memórias são tantas e tão reais que sempre me convenço de que as coisas realmente aconteceram.
Foram dias de verão, de sol, com trabalho (muito trabalho), gente nova e as pessoas de sempre - as fundações que na época sustentavam todo esse rêve.
Paris, a cidade onde ninguém fica só. Parece que o lugar encontra os pares e os une e nunca mais os separa. E lá, eu não estava só. Nunca.
Acho que foi por isso que me apaixonei por Paris. E um amor assim, incondicional e correspondido não pode ser abandonado.

Um comentário:

Anônimo disse...

coitada de mim que só dei uma ficadinha com paris e voltei apaixonada... passei só 3 dias, ou seja, foi tipo um selinho no canto da boca...
quando você voltar me leva junto?? quero morar nesse prédio!!