quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

The best for last


Fui para a Argentina para o aniversário de um amigo. Certamente comemoramos muito, talvez, mais do que deveríamos e menos do que gostaríamos.
Éramos um grupo enorme, num albergue cheio de gente, de forma que o grupo se tornava cada vez maior, com inclusões e exclusões diárias.
E viajando com um grupo grande assim, com tanta gente e tantas culturas diferentes e idéias diversas sobre educação, limite e vida, posso dizer que os primeiros dias foram bem complicados.
Não tiro a minha responsabidade neste processo de adaptação, até porque viajar com esse grupo não era a única coisa que acontecia na minha vida naquele momento.
Mas preciso dizer que por mais legais que todas as pessoas fossem e por mais que eu goste de conhecer gente e falar - quem me conhece sabe bem - eu vivo melhor em climas mais intimistas.
Sozinha, com mais uma pessoa ou com um pequeno grupo. Não mais do que isso.
Me angustia ter que me preocupar se estão todos bem, se todo mundo saiu da lojinha para continuar a caminhada, se não esquecemos de ninguém e essas outras coisas sobre as quais é preciso pensar quando se é responsável pela organização de alguma coisa.
Todo esse nariz de cera (nariz de cera: gíria jornalística para blá blá blá de introdução sobre um assunto no começo de um texto) serve para chegar aos últimos dois dias que tive em Buenos Aires.
Passei esse tempo mudandando de companhia, de outros viajantes sozinhos para no máximo duplas e foram dias fantásticos. Sem muito com o que me preocupar. A única coisa que não pude fazer foi ir ao meu jardim de rosas.
Mas, em compensação, conheci pessoas maravilhosas com quem terei sorte de manter contato por muito tempo e mais ainda, reencontrá-las em alguma outra parte do mundo!
Fiquei sem dormir para poder aproveitar cada segundo, caminhei o tempo todo, saí, vi o sol e a lua e a noite e o poente e a alvorada, tudo isso em muito boa companhia.
Vi as ruas que respiram tango e os clubes onde se dança salsa até o sol nascer. E só deixei tudo isso porque uma nova viagem estava me esperando. Mas falo dela depois.

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