quinta-feira, 13 de março de 2008

Fila de aviões


Olhamos no relógio. Faltam 40 minutos e ainda estamos esperando o táxi. Vamos perder o vôo. Mesmo estando perto do aeroporto. Mesmo já tendo feito o check in.
Two out of Three desesperados.
Chegamos e fomos correndo despachar as enormes malas.
A atendente não tinha pressa alguma, porque obviamente, o vôo estava atrasado.Já era de se esperar. Estamos no Brasil e por mais que não se fale mais tanto da crise aérea, ela continua.
Uma hora é culpa das companhias, outra do governo. Mas não importa mesmo de quem é a culpa. O que importa é que quem paga, de onde vierem os problemas, é sempre o passageiro.
Entramos e saímos da sala da embarque. Procuramos um lugar para comer. Reformas. Atrasos. Horário de pico. Tudo ao mesmo tempo agora. Aeroporto lotado era sinônimo de filas enormes para qualquer coisa.
É chegada a hora de embarcar. Finalmente. Mas vamos com calma. Será mesmo? Pra que correr? Eles já nos fizeram esperar tanto!
Dentro do avião, mais um tempo de espera. "Estamos aguardando o seqüenciamento da pista."
Nos movemos. Andamos um pouquinho. Páramos um pouquinho.
Esperamos o primeiro avião levantar vôo. Que sorte dele! Primeiro da fila.
E lá vai o segundo. E o terceiro. Quarto e quinto. Passa o tempo e não sobe nenhum outro. Ao invés disso, pousa um e mais um.
E nós continuamos na fila. Esperando. Mas já quase na cabeceira da pista.
Mais um avião faz a curva e levanta vôo.
É a nossa vez. Enquanto fazemos a curva, aproveito para admirar um espetáculo que está se tornando muito comum: mais seis aviões aguardavam em fila, com as luzes acesas.
Na escuridão da noite na pista, já longe das salas do aeroporto, um milhão de luzinhas brilhando, delimitando vagamente o formato dos aviões, un maiores, outros pequenos.
Impressionante. Enorme. São poucos segundos.
Turbinas ligadas, aceleração iniciada, atenção para a decolagem!

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