segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Embromation


Hoje aprendi minha primeira frase em papiamento. Para quem não sabe, papiamento é a língua falada nas Antilhas Holandesas e no Suriname. Também sei falar uma palavra ou frase em russo, creole haitiano, turco, japonês, suiço alemão, norueguês, africaans, dinamarquês, sueco, urdu... Hmmm, são tantas línguas no mundo que nem sei se isso é uma amostra significativa. Ainda conheço um pouco mais, mas, bem pouco - assim, eu diria que não morro de fome - de alemão e árabe e consigo sobreviver em holandês. Falo mesmo castellano - ou portunhol, como preferir - italiano, français, English e português.
Um dos meus maiores interesses é mesmo aprender línguas. Acho demais saber de onde vêm as coisas que dizemos, porque as palavras são formadas desta ou daquela maneira... Saber que existe sim diferença entre suiço alemão, alemão austríaco e alemão da Alemanha. Ou que quando o filme Les Invasions Barbares saiu na França, mesmo sendo em francês, teve legenda, porque era do Canadá e muita gente não conseguia entender.
Que o soixante-dix e quatre-vingt-dix só exitem na França e que na Suiça e na Bélgica você se sai muito melhor com um septante e um nonante.
Talvez isso não pareça muita coisa, mas quando você começa a conviver no meio de estrangeiros, você percebe que por mais globalizado que o mundo esteja, cada povo luta pela manutenção da sua cultura. E normalmente, isso pode ser percebido por meio das pequenas coisas, como a utilização de palavras que muitas vezes já tem sinônimos mais modernos com semânticas iguais, mas não tem a mesma carga histórica.
Por isso, enquanto eu estiver viva, vou aprender línguas. Nem que seja para saber porque os ingleses dizem lift e os americanos elevator. "Tomeito, Tomato, Poteito, Potato..."

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