sexta-feira, 23 de novembro de 2007

La Fatigue


Em viagens, é sempre tudo bom e tudo acaba bem ou mais ou menos, mas as memórias que ficam são sempre as boas.
Nunca me lembro dos últimos momentos das longas escapades, quando a paciência já está curta, a força física já está débil e o cérebro se movimenta por partes.
O corpo todo dói. Dizer qualquer coisa é um esforço impensável. O fim é sempre permeado por grandes silêncios.
Mas mesmo assim, o pensamento corre. Repassa cada momento.
Cada dificuldade superada coloca um risinho no canto da boca. Todos os aprontos, muito bem aprontados, fazem os olhos se voltarem para cima. Como se olhando para cima, pudessemos nos comunicar melhor com nós mesmos.
Nos divertirmos de novo com as experiências - boas ou ruins - que passamos.
E tudo o que era cansaço, se torna nostalgia. E só queremos que tudo aconteça de novo.
E é isso. Vale muito. Com tudo de bom e tudo de ruim - que agora já não me lembro mais. E quero ir de novo. E logo!

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