sexta-feira, 30 de novembro de 2007

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Statement


Oficialmente, estou com os pés em terras tupiniquins por mais de um ano. I have to leave!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Embromation


Hoje aprendi minha primeira frase em papiamento. Para quem não sabe, papiamento é a língua falada nas Antilhas Holandesas e no Suriname. Também sei falar uma palavra ou frase em russo, creole haitiano, turco, japonês, suiço alemão, norueguês, africaans, dinamarquês, sueco, urdu... Hmmm, são tantas línguas no mundo que nem sei se isso é uma amostra significativa. Ainda conheço um pouco mais, mas, bem pouco - assim, eu diria que não morro de fome - de alemão e árabe e consigo sobreviver em holandês. Falo mesmo castellano - ou portunhol, como preferir - italiano, français, English e português.
Um dos meus maiores interesses é mesmo aprender línguas. Acho demais saber de onde vêm as coisas que dizemos, porque as palavras são formadas desta ou daquela maneira... Saber que existe sim diferença entre suiço alemão, alemão austríaco e alemão da Alemanha. Ou que quando o filme Les Invasions Barbares saiu na França, mesmo sendo em francês, teve legenda, porque era do Canadá e muita gente não conseguia entender.
Que o soixante-dix e quatre-vingt-dix só exitem na França e que na Suiça e na Bélgica você se sai muito melhor com um septante e um nonante.
Talvez isso não pareça muita coisa, mas quando você começa a conviver no meio de estrangeiros, você percebe que por mais globalizado que o mundo esteja, cada povo luta pela manutenção da sua cultura. E normalmente, isso pode ser percebido por meio das pequenas coisas, como a utilização de palavras que muitas vezes já tem sinônimos mais modernos com semânticas iguais, mas não tem a mesma carga histórica.
Por isso, enquanto eu estiver viva, vou aprender línguas. Nem que seja para saber porque os ingleses dizem lift e os americanos elevator. "Tomeito, Tomato, Poteito, Potato..."

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

La Fatigue


Em viagens, é sempre tudo bom e tudo acaba bem ou mais ou menos, mas as memórias que ficam são sempre as boas.
Nunca me lembro dos últimos momentos das longas escapades, quando a paciência já está curta, a força física já está débil e o cérebro se movimenta por partes.
O corpo todo dói. Dizer qualquer coisa é um esforço impensável. O fim é sempre permeado por grandes silêncios.
Mas mesmo assim, o pensamento corre. Repassa cada momento.
Cada dificuldade superada coloca um risinho no canto da boca. Todos os aprontos, muito bem aprontados, fazem os olhos se voltarem para cima. Como se olhando para cima, pudessemos nos comunicar melhor com nós mesmos.
Nos divertirmos de novo com as experiências - boas ou ruins - que passamos.
E tudo o que era cansaço, se torna nostalgia. E só queremos que tudo aconteça de novo.
E é isso. Vale muito. Com tudo de bom e tudo de ruim - que agora já não me lembro mais. E quero ir de novo. E logo!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

À bientôt!


O pouco tempo que me resta antes de pegar a estrada fica para registrar que estou de malas prontas, de saída para aproveitar o longo feriado na praia.
Para quem também vai viajar, Bon Voyage!
Para quem fica, Au Revoir!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Gilbert Keith Chesterton

The whole object of travel is not to set foot on foreign land; it is at last to set foot on one's own country as a foreign land.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Io non ho paura


Medo. Tenho medo de muitas coisas, mas não tenho medo do desconhecido. Sempre ou quase sempre viajo sozinha. E nunca tive medo. No avião também, sempre viajei muito serena.
Mas tem gente que diz que não teria coragem de viajar sozinha e outras pessoas que têm muito medo de avião.
Essa história de viajar sozinho não entendo bem o porquê do medo. Já passei por situações pazzesche, já fui a lugares sem conhecer ninguém, sem ter lugar para dormir, com o espírito mochileiro mesmo - se tivesse que passar a noite num parque ou numa estação de trem, tant pis - mas tive a sorte de nunca ter estado em nenhum grande perigo.
A verdade é que eu nunca me aperto. Tudo bem que nunca fui a lugar nenhum onde se falasse uma língua muito diferente (se bem que: o que seria uma língua muito diferente?), nem a nenhum lugar com uma cultura que fosse muito sexista ou excludente, ao menos em relação a mim. Mas se eu precisar, aprendo meia dúzia de palavras, acho alguém com quem seja possível me comunicar, me viro e não tenho que dormir ao relento.
Isso também fez parte de um desafio que fiz a mim mesma, de tentar não deixar tudo acertadinho antes. O único problema é que eu fiquei viciada em não planejar e agora não consigo marcar nada nem para hoje à noite!
Agora, o medo de avião, eu também não entendia. Mas entendo que é uma coisa irracional. Não tem realmente um porquê. Nunca tive medo de avião. Duas amigas minhas tomam remédios para enfrentar a situação. Uma vez eu tentei tomar o remédio que uma delas toma para relaxar no vôo e o resultado foi que eu dormi mais de 36 horas seguidas. Fiquei completamente dopada.
Já peguei turbulências menores, aquelas caídas de 100m que o avião dá por conta da mudança de temperaturas e massas de ar do lado de fora, mas nunca senti medo mesmo até minha viagem para Porto Alegre em julho.
Por algum motivo, os céus estavam mais arredios. Meu vôo de ida e o de volta foram bastante turbulentos, a ponto de me incomodar e eu não me sentir bem. Isso tudo aconteceu antes do acidente da TAM. Cheguei em São Paulo um dia antes. Mas o céu já não estava pra peixe. Ou melhor, para os aviões.
E parece que a maré anda bem ruim ainda. Mas não deixo de voar. E você?

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Jean Paul Sartre

Je suis condamné à exister pour toujours par delà mon essence, par delà les mobiles et les motifs de mon acte: je suis condamné à être libre. Cela signifie qu'on ne saurait trouver à ma liberté d'autres limites qu'elle-même ou, si l'on préfère, que nous ne sommes pas libres de cesser d'être libres.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

The World I Know By Night Part I


Paris, France

São Paulo, Brasil

Venezia, Italia

Edimburgh, Scotland

London, England

Lyon, France

New York, Sept 11th, 2005, USA

Barcelona, España

Bergen, Norge

Bruxelles, Belgique

Buenos Aires, Argentina

Chamonix, France


For The World I Know By Night Part II, click here

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Caos Aéreo Brasileiro


Sempre tive muita sorte em viagens de avião. Apesar de uma ou outra chateação - mala perdida duas vezes, vôo perdido por incêndio numa estação de trem a caminho do aeroporto, mala quebrada quando cheguei no destino - não posso reclamar dos vôos, eles sempre estiveram no horário.
Mas agora, com o sistema aéreo brasileiro em colapso, já tomei chá de cadeira no aeroporto algumas vezes.
Uma delas foi indo e voltando da Argentina. Nos quatro vôos que peguei na dita semana, nenhum esteve no horário.
O primeiro atrasou três horas. O segundo, um pouco mais. O terceiro só atrasou uma hora, o que praticamente nem é atraso. Agora, sair da Argentina no final foi uma epopéia. Todos embarcados, prontos para decolar, mas nada acontecia. Meia-hora depois todos foram desembarcados.
O aeroporto estava lotado, não havia mais comida nem bebida, então tive que fazer o superesforço de me alimentar dos Alfajores Habana que eram vendidos no Free Shop. Mais de cinco horas se passaram e espaço aéreo de Curitiba continuava fechado.
Imagino que o piloto conseguiu traçar uma nova rota, porque o tempo de vôo foi muito maior do que deveria. Praticamente, tirei um dia inteiro para viajar. Uma viagem que eu poderia ter feito em 2h30. Revoltante!
Pouco tempo depois, resolvi pegar uma ponte aérea. Isso, antes do último acidente.
Três horas depois de esperar no Santos Dumont, fomos levados para o Tom Jobim de maneira superdesorganizada e quando chegamos lá, quase perdemos o vôo, porque nos esqueceram por um tempo.
A última vez foi num domingo, não muito não muito tempo atrás. Fui novamente vítima do caos aéreo. Estava em Porto Alegre, já embarcada no avião e a informação que nos foi dada foi a seguinte: não havia previsão de decolagem, porque os espaços aéreos de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro estavam fechados e que o piloto não se responsabilizava por nada. Ninguém poderia desembarcar, a custo de perder a passagem.
"A decisão é de vocês", disse o comandante.
Bastou isso para transportar o caos do espaço aéreo para dentro do avião. A verdade é que ninguém entendeu nada daquilo que o piloto quis dizer e, venhamos e convenhamos, como pode ele querer se isentar de qualquer responsabilidade, uma vez que ele representa a companhia aérea para quem está trabalhando?
Se isso já não fosse suficiente, tivemos que mudar o pouso do vôo para Guarulhos - inicialmente era em Congonhas, mas com o atraso, o aeroporto já estaria fechado. O transporte para Congonhas por solo, onde deveríamos ser deixados, de acordo com as nossas passagens foi superdesorganizado. E de novo, uma viagem que poderia ter terminado 1h30 depois de começar, durou mais de cinco horas.
Será que agora que a Copa de 2014 vai ser no Brasil alguém vai fazer alguma coisa a respeito?