quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Viagens necessárias


Não tem o que fazer. Algumas vezes, planejamos tanto, tantas coisas, inclusive viagens e o que acontece é que levamos uma rasteira da vida e temos que mudar nosso itinerário.
Temos que aprender a nos adaptar às condições que nos são apresentadas. Se não era para aproveitar a praia, nem o carnaval, nem o meu aniversário, então não era.
Se era preciso sair da ilha, pegar um barco, um carro, um ônibus, um táxi e um avião para passar dias esperando possibilidades e probabilidades, então assim foi, e assim é.
Quando a viagem se transforma em sair do hotel para o hospital duas vezes por dia e voltar, esperando que o dia seguinte traga notícias melhores, é um bom momento para repensar o que fazemos aqui, se estamos aproveitando cada minuto da melhor maneira possível, junto às pessoas que queremos; se estamos fazendo da vida o máximo que podemos.
A vida é assim. Hoje, estamos aqui, tomando un verre, conversando e sorrindo e amanhã não sabemos.
Podemos estar desacordados, entubados, com uma doença rara e agressiva, recebendo todo o estoque de medicamentos da UTI na veia. Desta forma passam-se os dias.
E pouco a pouco, hora a hora, um novo fator se apresenta e a esperança de quem não acredita em nada cresce, mesmo se as expectativas são muito baixas.
E agora, o que fazer? Crer ou não crer? Quem será que tem razão? Será que se pode falar em razão numa hora dessas?

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