segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

It´s All Greek To Me


Um dos roteiros mais visitados por europeus em férias, a Grécia, guarda muito mais do que as bases da civilização ocidental tal qual a conhecemos hoje. É claro que temos que levar em conta todas as descobertas científicas feitas pelos gregos, mas muito mais do que isso, o país conta com surpresas fantásticas.
Por exemplo, uma ilha tomada por holandeses. Assim é Kos. Quase não se ouve grego por lá. Todo mundo é loiro de olhos azuis. Digamos que causa um certo estranhamento. Mesmo assim, vale a pena dar uma passada para ver o que tem por lá, pegar uma praia e ver as ruinas.
De lá para a terra do rei Minos e do Labirinto do Minotauro. Knossos, na ilha de Creta, onde o arqueólogo Arthur Evans reconstruiu as ruinas de acordo com o que ele achava que elas teriam sido.
Bastante moderno e colorido, mas a verossimilhança das ruínas, eu diria, é questionável.
Ainda em Creta, vale a pena visitar outras partes, conhecer praias, aprender a jogar gamão - jogo bastante popular por lá - e aproveitar a vida noturna. Mas já aviso, o verão é escaldante e não é possível se mexer nas horas mais quentes do dia. Daí fica bem claro o porquê das siestas - que lá vão das 13h às 17h e aí de você se perturbar a tranquilidade daqueles que estão tentando tirar uma soneca.
Ainda na parte meridional do mar Egeu, está a famosa ilha de Santorini, com as casinhas branquinhas, os vilarejos no na caldeira do grande vulcão. uma grande multidão se junta todos os dias nas varandas de Fira para ver o pôr-do-sol. Também vão para Oia - se diz Ia -, bem na pontinha da ilha.
As ruas são bem estreitinhas, mas para chegar de um lugar a outro é possível tomar ônibus.As casas ficam nas encostas das montanhas formadas pela caldeira do vulcão e para chegar em qualquer lugar sempre há muitas subidas e muitas decidas. Tem que estar preparado para andar e andar e andar. Mas se cansar muito, sempre se pode alugar um burro. Eles custam 5 euros cada parte do trajeto e é no mínimo uma experiência a ser vivida. Quando eles não estão quase ralando a sua perna na montanha, estão quase te jogando no precipício. Mas você sai ileso e bem ou mal, merece um pouco, já que está explorando o pobre bichinho.
And last, but not least, fica minha ilha favorita: Mykonos.
Apesar de ser tida como a ilha mais ocupada por turistas durante as férias, não foi bem o que eu encontrei. Estava cheia sim, mas ainda tinha espaço para deitar na areia, nadar na água azul do mar, caminhar, andar de moto ou de quadriciclo, rodar pelo centro da cidade, ver os bistrôs, os lugarzinhos e as lojinhas. Tudo bem branquinho, como sugarcubes. Os habitantes parecem meio malucos, mas são muito simpáticos, falam com todo mundo, conversam, explicam, respondem a qualquer questão.
Para quem quer ver onde tudo começou, não pode faltar uma visitinha à capital grega. De Atenas vê-se o mar, mas ninguém vai para lá para isso. As grandes atrações de Atenas ficam mesmo por conta das ruinas. A Acrópolis, com o Partenon, a Ágora Antiga, as milhões de ruínas espalhadas por toda a cidade, os jardins e a modernização. No entanto, vale lembrar que a maior parte dessas ruinas hoje não está mais na Grécia. O que resta lá é o espaço que os edifícios ocupavam. Se você quiser mesmo ver os restos daquilo que existia, vá ao British Museum em Londres. Abaixo é possível ver as pedras que ficaram das ruínas em eterna restauração (à esquerda) e todo o mármore retirado e remontado no museu inglês (à direita).E é assim. Linda, branquinha, cheia de História guardada na terra. E cheia de história pra inglês ver.

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