segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Constantinopla


A Turquia é a porta de separação entre a Ásia e a Europa. Mais especificamente, Istambul antes Bizâncio e Constantinopla, a cidade de dois continentes. Os continentes separados pelo Estreito de Bósforo, dentro da cidade, que liga o Mar de Mármara ao Mar Negro.
Também aí, está uma das maiores portas de separação cultural e religiosa.
Istanbul é uma grande mistura das civilizações que passaram por alí. Gregos, Bizantinos, Otomanos, Curdos, Persas, Sultões, Cristãos, Muçulmanos, todos deixaram sua marca em alguma parte.
Em Istanbul, a imponente Santa Sofia (AyaSofya) é impressionante. Começou como uma basílica cristã, e na época dos sultões se tranformou numa grande mesquita. Os ícones cristãos foram cobertos e substituidos por muçulmanos, todos em árabe. Mas hoje, o que se vê é a mistura dos dois, já que os mosaicos bizantinos foram revelados e estão à disposição do público que vai visitar o edifício.
Também impressiona a Mesquita Azul, que fica do outro lado da rua e é utilizada como templo. Para entrar, é preciso tirar os sapatos - o chão é todo coberto por tapetes com desenhos incríveis. As mulheres também têm que cobrir os ombros e preferencialmente, cobrir a cabeça. Mas todo mundo pode entrar para visitar.
Entre as contruções do Sultanahmet, certamente, o mais impressionante é o Palácio Topkapi, residência dos sultões por séculos. Este palácio fica às margens do Mar de Mármara. Tem uma vista fabulosa. São vários prédios construídos por trás das muralhas, cada um com uma função diferente, dentre os quais está o harem, onde os sultões mantinham suas esposas e os eunucos. O harem é todo decorado com ouro, com as mais diferentes patterns, tanto nos tapetes, quanto nos azulejos, paredes, tetos... É lindo demais. Um dia só não é suficiente para ver tudo.
Não muito longe de lá, ainda tem a Cisterna, uma construção romana no subsolo. É a perfeição arquitetônica construida para armazenar água. Em tamanho gigante, é claro. E ainda tem o Gran Bazar,o Bazar de Especiarias. Tudo sem atravessar a ponte.
Tudo tem uma energia muito diferente. Talvez por conta da atmosfera de mil e uma noites, talvez pelo chamado para rezar para Mecca seis vezes ao dia, saído dos alto falantes de todas as grandes mesquistas espalhadas pela cidade, talvez pelo chá e pelo narguilé.

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