quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Desabafo no dia que não existe
Este dia tão especial... Que só existe de quatro em quatro anos... Porque ninguém conseguiu exatamente definir uma contagem de tempo perfeita. Porque talvez o perfeito não exista. Não sei. Mas sei que já passei por oito desses dias e me lembro perfeitamente de um deles, há exatos oito anos.
E como não poderia deixar de ser, começo este dia com o pensamento nele. E em como tudo era muito diferente há oito anos. Não quero ser pessimista, nem nostálgica, mas tenho certeza que quem já viveu em Paris e agora a tem assim tão longe, vai entender.
Mas não é só isso. A vida também mudou. Parece que naquele dia tudo era muito mais emocionante. Talvez minha memória me traia - o que eu acho pouco provável, porque sou capaz de repassar e recontar cada minuto daquele dia - mas a verdade é que hoje, as coisas não são mais tão legais. Ela são um dia depois do outro, depois do outro. E eu estou em São Paulo. Como se estivesse engessada, doente, presa. E há oito anos, não poderia imaginar que tudo o que aconteceu me colocou aqui. Minhas decisões, minhas indecisões, meus questionamentos...
Já estou resignada, já entendi que as borboletas não ficam batendo as asas no nosso estômago por muito tempo, nem com muita frequência. Mas, honestamente, eu preferia estar começando aquele dia de novo a estar aqui agora.
Quem sabe hoje ainda vai me surpreender? Ainda é 1h30...
24 hours later...
O dia acabou, já é 1h30 (do dia seguinte) e, just as I suspected, nada mudou. Só trabalho, trabalho, trabalho...
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